quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Reflexão, Mágoa

Existem em meio aos meus dias, aqueles domingos solitários, aquelas manhãs cinzentas e sem cor..e também, noites intermináveis de insônia.
Nestes momentos, existem as lágrimas silenciosas. Aquelas que rolam em meu interior, e que já não são visíveis aos olhos do mundo. Frieza? Não. Mágoa.
Ela está muito além da tristeza, da dor, da raiva e do ódio. É o sentimento que instalá-se no peito, devagar e em silêncio, mas que deixa  marcas profundas.
Cicatrizes feitas de saudade, atitudes inconseqüentes, desencontros e insensibilidade. Mentiras..
Será o tempo a melhor cura? 
Existem pessoas, que tentam fugir do seu próprio consciente, isolam-se, procuram viajar, e há quem tome até medicamentos..mas a maior desilusão para este Ser, é ver que de nada adiantou..e de que nada adianta..nem amigos, mãe, irmão, entorpecentes ou solidão. Nada irá substituir a saudade de quem já tivemos perto, ao nosso lado, ou mesmo do que já fomos.
Aos poucos sentimos o quanto a mágoa é destrutiva. Percebemos que já não somos forte o bastante para vencê-lá e que desta forma, já não somos a mesma pessoa.
E como agir? Sabendo que não somos donos da nossa verdade? 
Encenamos então estar bem, diante de todos. Diante de nós mesmos, e até de quem esteve vivo dentro de nós. Somos então, espectadores de nós mesmos, de nossa própria dor.
Mas viverá um dia, apenas em lembranças, de um coração ferido. Tempo... Mágoa queima no peito, no orgulho..


Passa a dor, mas fica a mágoa.


É preciso correr, continuar e viver. Nestas condições, resta aceitar, que a mágoa faz a gente se sentir vivo. E com o passar do tempo, forte, afinal, se sobrevive!


Acredito que há algo maior e mais forte do que a mágoa. O amor. 




Por: Sofia Ackermann